sábado, 25 de dezembro de 2010

O papi noel,o Chuck e o amor...

Ho!Ho!Ho! Celebremos o natal! Acho que até os 10 anos,não tinha consciência do significado de natal,achava mágico as luzinhas de natal e os presentes tão almejados...porém o tempo passa,para mim,para você e para o Papai Noel!
Acho que se refletirmos bastante a cerca do natal,perceberemos que deveríamos comemorar o natal concluindo que a cada ano que passa deveríamos fortalecer e aplicar o tal do amor incondicional...
Bebemos,trocamos presentes,abraçamos os familiares,reclamamos,queremos enfeitar a árvore de natal com cabecinhas do Chuck ( O Brinquedo assassino) e esquecemos de celebrar o amor puro! Puro,aquele sem cobranças, aquele que doamos sem nos importar com o depois,aquele que ama o feio,o impuro,o pecador...mas que também reconhece e ama o belo!
Será que conseguiremos no próximo natal? Prometo que me esforçarei...
FELIZ NATAL!!!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pessoa e Kundera...Silva e Silva

Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.


Fernando Pessoa, 18-9-1933


"Não, não era superstição, era o senso da beleza, que de repente a libertava da angústia e a enchia de um desejo renovado de viver. Mais uma vez, os pássaros dos acasos haviam pousado nos seus ombros. Tinha lágrimas nos olhos e estava infinitamente feliz por ouvi-lo respirar a seu lado.”
(A insustentável leveza do ser – Milan Kundera)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Deus,Destino,Culpa

Eu quero falar um pouco sobre Deus,destino e culpa...pode até parecer estranho que o conceito de culpa pertença à ideia de Deus e destino,mas para mim faz todo sentido...
Comecemos por Deus: alguns creem veementemente, outros questionam seu mandato,há os que se dizem ateus.
Destino é aquilo ao qual não podemos fugir, aquela parte intransferível da vida: temos que fazer certas coisas,cruzar determinados caminhos,comer certas frutas,conhecer certas pessoas,entrar em alguns recantos,fugir de outros...
Culpa...vermezinho que mora no nosso cérebro e nos induz a pensar que somos responsáveis pelo outro,integralmente: sua mágoa, suas feridas,sua emotividade,sua dependência,sua história de vida...
Juntando os conceitos diferentes,pode-se chegar à equação perfeita:
Deus estava entediado e resolveu criar uma maquete chamada Terra,lugarzinho maneiro e apropriado para procriar. E não é só isso ,não! Ele nos criou inteligentes e capacitados para sentir amor, ódio , esperança,compaixão etc.
No meio desta história toda, surgiu a partir do senso comum ( nós !)a ideia de destino: inexorável, tudo ocorre por um propósito maior do que nós.
Revela-se então, a incógnita da equação: se destino está para Deus, assim com nós estamos para destino, fomos criados para seguir um percurso ,logo,a culpa não existe!
Culpar-nos de quê? Estamos na equação...
Não que sejamos marionetes destituídos de vontade própria;mas será que não existe um impulso, uma força,uma energia;aquilo enfim, que nos manda direto para a cara do destino? Será? Ou é mera coincidência? Inexorável...

Frankstein

Há uns dois anos,pensava continuamente em quão seria bom amanhecer Drª Frankstein...
O material para a minha obra,já o tinha adquirido plenamente. Eram pedaços dos percalços de minha vida. Algumas pessoas essenciais,outras nem tanto. Alguns que deixaram marcas e, bem poucos, que deixaram saudades.
Todo o material deveria se constituir de seres humanos do sexo masculino que, em algum momento,tivessem despertado meu interesse.
O primeiro ingrediente físico de minha criação,seria um narigão bem proeminente,estilo Cyrano de Bergerac. Olhos verdes,cílios longos, cabelos castanhos e bem finos - como de uma criança - e lógico, sorriso infantil.
Haveria também a inserção das características psicológicas, fundamentais para a conclusão do projeto: sua carência,seu olhar meigo,ele deveria falar as palavras que eu quisesse ouvir,saber dar o melhor dos beijos,ter um abraço que envolvesse minha alma e ser um grande parceiro intelectual.
Seria ideal. Na verdade,passei parte de 2008 querendo viabilizar a criação e fazer com que tudo se encaixasse,como se eu brincasse com lego...
Na real, o tempo passou ( sempre passa!),resgatei esta ideia em um caderno antigo e percebi que de todos os elementos elencados para a criação perfeita,só um seria o suficiente: encontrar a pessoa que fizesse com que o momento de acordar expanda a luz toda do sol,em nossos olhares...

09/dez/2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fique!

Fique! Quando a luz do quarto se apagar e eu tiver medo do escuro...
Fique!Para quando a TV pifar e tivermos que improvisar um novo jogo para matar o tempo...
Fique!Para que nossos beijos sejam infinitos...
Fique! Até nos acostumarmos tanto com nossos cheiros,que mesmo quando ausentes,nos façamos presentes um ao outro...
Fique! Para ler o mesmo livro que eu e depois conversarmos sobre ele...
Fique! Ouviremos as mesmas músicas e dançaremos alucinadamente sobre o tapete da sala...
Fique! Para que a inspiração seja uma constante...
Fique! Esta história precisa de um final feliz.

Antagonismo

De onde vem,afinal,tamanho antogonismo? Que sensação é essa que encerra em si ,lado a lado, esperança e angústia;felicidade e ansiedade;alegria extrema e dor no estômago?
Mania humana de tentar e querer decifrar e rotular tudo! Para tudo busca-se explicações,mas devemos concordar que certas emoções estão aí apenas para serem vividas e não necessariamente explicadas.
Sensações não são passíveis de explicações:podemos sentir o vento no rosto enquanto corremos;frio na barriga quando estamos com quem amamos;a textura cremosa do sorvete de chocolate derretendo na boca. Nestes momentos,todas as prováveis explicações se esvaem,são descartadas.Na verdade nem tomamos conhecimento de que há questionamentos,apenas sentimos...sem dar importância a quaisquer convenções.
Afinal,sentir não é convencional!Sentir é algo absurdo e completamente individual,nunca saberei ao certo o que você sente,o que não me impede de pedir:sinta!Sem medo,sem rótulos,sem tentativas de decifrar o indecifrável...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Conjecturas,teoremas...

E se de repente você me surpreende chorando na janela?
Deixando que a brisa seque as persistentes lágrimas em meu rosto...
Ainda assim,vai ter coragem?
Vai me dizer que não tenho amor?

Só porque acreditou no poema que não escrevi
Só porque tornou real minha máscara aramada
Só porque deduziu que ser só,
era o melhor para mim

Não me venha com conjecturas
nem teoremas.

Mude o tema,veja a verdade.
Tenha coragem,abra a porta.
Feche essa janela...

by me in 03/nov/2010