Long cold winter???

Pergunto e ainda não tenho a resposta. Simples constatar que não se tem resposta para tudo o que queríamos...a palavra da vez é aceitação. Pode nem ser tão simples assim, eu costumo digerir a aceitação enquanto caminho sozinha por ruas das quais não me lembrarei depois...só sei andar, sem saber onde vou chegar.Só sei que tomo as direções que para mim,são as corretas. E aprecio...a lua, estrelas, o vento gelado e cortante,mosaicos do caminho,pessoas estranhas, palavras que pertencem a outras pessoas, música ao longe, sapato apertando...aprecio, sorrisos desviados que de repente viram meus, pôr-do-sol,café da tarde,amigos...aprecio, amores alheios, amores meus, amores deles,amoras...
Eu que impulsionda pela ansiedade,cuspi tanto no tempo...hoje o aceito. Tenho tempo...rs

Machadão já sabia de tudo...rs

"Era uma vez uma agulha que disse a um novelo de linha:
_ Por que está você com esse ar;toda cheia de si;toda enrolada,para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
_ Deixe-me, senhora.
_ Que a deixe? Que a deixe,por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim e falarei sempre que me der na cabeça.
_ Que cabeça,senhora? A senhora não é alfinete,é agulha. Agulha não tem cabeça(...)"

(Machado de Assis)

E acrescento que, antes mesmo de sermos assolados pela febre de mulheres frutas, já convivíamos com inúmeras mulheres denominadas mulheres-agulha. Essa é uma homenagem a elas...rs

O que é,afinal,o tal amor?

Sentir-se responsável pelo que o outro sente é amor?
Sentir culpa por sentir, é manifestação do quê?
Dizer sim a imposições irracionais do outro, isto sim é prova de amor?
Agradar ao outro e se anular,é isso?
Buscar aprovação dos outros em detrimento de sua individualidade,é o tal amor?
Tolerar o abuso, a invasão de privacidade do outro em troca de uma frágil "boa convivência",isso sim,deve ser amor...

Desculpem,navegantes, se é isso amar, recuso-me a vivê-lo...