sábado, 13 de outubro de 2012

Se eu morrer novo

Se eu morrer muito novo,ouçam isto: Nunca fui senão uma criança que brincava. Fui gentil como o sol e a água, De uma religião universal que só os homens não tem. Fui feliz porque não pedi cousa nenhuma, Nem procurei achar nada, Nem achei que houvesse mais explicação Que a palavra explicação não ter sentido nenhum. Não desejei senão estar ao sol ou a chuva _ Ao sol quando havia sol E a chuva quando estava chovendo ( E nunca a outra cousa ), Sentir calor e frio e vento, E não ir mais longe. Uma vez amei,julguei que me amariam, Mas não fui amado. Não fui amado pela única grande razão_ Porque não tinha que ser. Consolei_me voltando ao sol e à chuva, E sentando_me outra vez à porta de casa. Os campos,afinal,não são tão verdes para os que são amados Como para os que não o são. Sentir é estar distraído. (Alberto Caeiro)

Saudade?

A saudade tem razão de existir,quando superam o discurso vazio,o comodismo,a indiferença e o declarante resolve,por fim,tratar de si próprio! Acabe com a saudade! Que eu saiba,você sabe muito bem o que fazer. O interfone tá quebrado,então escale o edifício. Os sonhos lúcidos ou não, a esperança,o friozinho na espinha estão rareando...tá sob sua responsabilidade; morte ou vida pra esse amor! Vai dizer que tudo isso é só meu? Que eu criei sozinha? Sonhei então, com os beijos,abraços,olhares