sábado, 31 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 1

A impressão que tenho é que ,todos nós devíamos chegar ao final de determinado ciclo com a satisfação imanente do “dever cumprido”.

Esse ano foi atípico, estranho, cheio de lacunas, cheio de dúvidas, nunca confrontei um ano tão triste; mas hoje posso encher os pulmões e gritar: FOI!

A-CA-BOUUUUUUU!

Se o que vem é melhor ? Ninguém sabe,mas o que estava em falta dentro de mim era a sensação da esperança, o crescer da expectativa, a fé...tudo isso andava meio apagado em mim...foquei nas questões práticas e defini que isso é viver com base “no que tem pra hoje”...

Os momentos nos trazem felicidade e por vezes, tristeza. Que de 2012 em diante,possamos desiquilibrar a contabilidade, desbalancear o saldo devedor e ter em caixa muuuita felicidade!

Se por ventura alguma tristeza persistir, que nosso olhar sobre ela não alimente a autovitimização e que possamos apreender o que a eventual tristeza tenha a nos oferecer...

Fui feliz; sorri;sonhei;amei;bebi;dancei;beijei;chorei;me isolei; sofri; acreditei;me decepcionei; olhei;senti...vivi!

FELIZ 2000 e DOCE!


Palavras de Zózi:

Que sua goma de mascar não perca nunca o sabor;

Que suas meias sempre combinem;

Que o seu vestido seja sempre mais bonito do que o daquela “periguete”;

Feliz Ano Novo!

Acabou!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 2

2011: O ANO DO "QUASE"

Parece título de filme,mas não é, ainda que pudesse sê-lo. Infelizmente, o filme seria protagonizado por pessoas comuns,com sonhos e questionamentos comuns. O final, seria ótimo como fim do mundo em 21/12/2012...kkkkk

Ando contando os segundos para me despedir deste ano, e pretendo não ser injusta,pois tive momentos bons. O problema é que o saldo contábil entre momentos bons e ruins, me faz querer sair logo desse ano, fingindo que então todos os problemas acabarão e que eu esquecerei quem,em 2011, me excluiu de suas redes sociais...rs

Sim, foi o ano do "quase". Eu "quase" fui feliz...

"Quase" pude segurar meu sobrinho no colo. "Quase" tive ao meu lado a pessoa que me ama, supondo que ele tenha "quase" me amado. "Quase" perdi a paciência com uma megera manipuladora e chantagista emocional,parecida com a Piggy. "Quase" me joguei na frente de alguém para ver se ele seria capaz de me querer um pouco mais. "Quase" pensei que fosse para sempre. "Quase" me afoguei em meio às lágrimas. "Quase" virei alcoolátra tentando ocultar a dor (rs). "Quase" me envolvi numa enrascada,para apagar uma lembrança. "Quase" quis que a trama "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" pudesse acontecer comigo. "Quase" fiz uma nova tatuagem, na altura do cóccix,escrito: "Chute antes de iludir!"."Quase" perdi a voz, tentando convencer alguém de que eu valia a pena. "Quase" cortei os pulsos com faquinha de rocambole. "Quase" me perdi,em meio aos meus pensamentos. "Quase" perdi a esperança. "Quase" perdi a fé. "Quase"abandonei as questões práticas de minha vida. "Quase" me rendi ao desânimo. "Quase" abri mão de esperar por algo melhor. Fingi não entender, quando, através de atitudes um certo ser "quase" me pede para desaparecer..."Quase"

Pois é, a semântica da palavra nos faz perceber que o quase dentro de uma situação de esperança e otimismo,não podem coexistir! O quase é o tipo de palavra que só cabe numa situação na qual tenhamos nos livrado de algo muito ruim:

Eu "quase" morri..."Quase" cai..."Quase" me joguei da ponte...

Então, clamo ao meu consciente que exclua o "quase" de meu vocabulário e,principalmente das ações de minha vida.

Quase ( adv.) - aproximadamete, perto de, na iminência de,por pouco...


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

E Rafael quer ficar negro...

Pedido do Zózi!

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 3

Nada mais a declarar...eis que sinto-me sem palavras,pois tenho a impressão que tudo foi falado e em diversas versões sintáticas. E tudo foi falado,gritado,murmurado,solicitado...e nada mais resta,só poucas horas desse ano ridículo.

Talvez, alguns momentos de 2011 ,caso possível fosse,gostaria de revivê-los como uma retrospectiva na qual eu pudesse alterar o final...senão,melhor seria nem voltar. Deixar o passado aos colecionadores de raridade e historiadores...

Fácil se a teoria viesse à tona em forma viável e praticável. Falar é fácil. Saber o que é necessário fazer,fácil. Racionalizar os acontecimentos e perceber-se fora da jogada,fácil.

Difícil, na prática, é aceitar que a vida ofereça, às vezes, mais realizações em forma de sonhos do que em realidade.

Justo? Não acho...
Seriam pouco os escolhidos? Talvez...
Onde eu entro nessa zona? Procurando com venda nos olhos...

Essa tal felicidade - Tim Maia

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jesus não escreveu nenhum livro na Bíblia!

Pois é,assusta-me a propriedade das pessoas que fundamentam todas as suas ações, seguindo a bíblia e justificando que é a palavra de Jesus, de Deus. Se assim fosse,porque Jesus não deixou nenhum livro bíblico?
Simples, aposto que os que escreveram eram autoridades, detentores de bens e prováveis formadores de opinião que usaram a imagem de Jesus para justificar sua sede de poder sobre o povo.
Algumas contradições me incomodam profundamente: Jesus recrimina o divórcio e afirma que o casamento é indissolúvel,pois representa a união da Igreja e dos homens.Ops...Jesus não preconizou nenhuma igreja! Ele pregava e ensinava; falava de amor e perdão; perdoou pecadores ( dentre eles uma "suposta" prostituta).
Ora, um homem capaz de tanto amor,parece incapaz de julgamentos e determinações desse teor...
Então, podemos admitir que a Bíblia está para a Mitologia, assim como a Mitologia está para as lendas? Creio que sim! Amém?

Inri: te dedico!!!!

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 4

E que rufem os tambores! E que o frio na barriga se instale! Pois, dentro de poucos dias esse ano não mais existirá!
E que nos palcos de nossas vidas,extreemos o ano de 2012!!!
Saio desse ano sem desvendar alguns mistérios, isso é fato;como por exemplo o casod a mulher misteriosa que aparece na janela, sempre usando chapéu de grandes abas...
Proteje-se de que ou de quem,esse ser?
Será que esconde suas antenas?
Pode ser que sua calvície seja muito reluzente?
Teria ela vergonha de suas orelhas de abano?
Medo obssessivo dos raios UVA?
Ou ela teme tanto sua própria sombra que preferiu optar pela sombra do sombrero????

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 -5

E foi o que eu disse ao telefone hoje, que vamos resgatando nos aspectos e fatos exteriores, aquelas mudanças que talvez ainda não tenhamos coragem e/ou maturidade para confrontarmos...
E por isso, estou jogando totalmente nas costas de 2012, a responsabilidade de me fazer feliz,talvez porque eu ainda não tenha aprendido esta capacidade minha,latente, pedindo para sair...
E rogo para que eu não permita que doa mais...não deixarei!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 -6

E passou...
E constato,mais uma vez, que eu não tenho nenhuma tendência suicida,pois o teria feito em 24/12/11...rs
Pelo descaso, pela distância imposta, e sobretudo,pela indiferença "natalina"! Mas, tudo isso colocado com o máximo da resignação...
Ao fim e ao cabo, o dia 25/12 trouxe momentos bons: pelo Fifi, pelo irmão,pelas primas e pelos amigos queridos!
Verdade,minha "couraça" já não sangra tanto...o que é bom para mim!
Quanto aos outros...fica a dica!
E feliz, posto que não me fiz prisioneira de ninguém,em nome do "amor" e da "necessidade"!
E sou, e vou, e estou onde quiser e com quem quiser,usufruindo do prazer de ser completa e da convivência maravilhosa dos que me querem em suas vidas...

domingo, 25 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 7

E digamos que hoje vou continuar falando do ontem...com toda a resignação natalina de que sou capaz!
Natal,só não é pior pela existência do Caynan,que consegue tirar boas risadas da minha alma maculada...
E não é pior pela existência do sofá que me acomoda e conduz meu sono pesado...agradeço então, pelo sofá! Feliz Natal pra ele!
Ano passado eu estava mais empolgada,acreditei no milagre natalino e na chegada do amor em minha vida,por tanto tempo postergado...mas, esse ano veio e revelou a dura realidade: solidão no sofá!
E vamos rir,com resignação é claro!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 8

Involuntariamente tendemos a,melancolicamente,voltar ao passado quando não conseguimos encontrar o tal "presente" presente no presente...rs
Volto hoje...no ontem...há um ano,quando me era facultativo dar e receber o abraço,os votos de feliz natal. Acho que desde que me foi revelada a inexistência de papai-noel,busco através do desafio da repulsa e pessimismo,que seja eu merecedora do milagre. Que o milagre aconteça e que,enfim, todas as noites sejam maravilhosas...
E que a fé sempre se prove,através da esperança...
BAZINGA!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 10 e 9

Pulei um dia...kkkkkkk
Ah como eu queria ter pulado vários dias de 2011.Já que não me é dado esse poder físico e temporal,o exerço aqui no blog: campo de sonhos,onde tudo é possível!
Então, acho que não há nada melhor para expor o estado de espírito a que fui subjugada do que listar alguns dos livros lidos em 2011:
  • A disciplina do amor - Lygia Fagundes Telles
  • Além do bem e do mal - Nietzsche
  • Comande sua vida com o poder da mente -Masaharu Taniguchi
  • A festa no céu - Angela Lago
  • Chapeuzinho amarelo - Chico Buarque
  • Fernando Pessoa ( o tempo todo...)
  • Escolha o seu sonho - Cecilia Meireles
  • Martha Medeiros ( Me fez super bem...)
  • Ame e dê vexame - Roberto Freire
  • O hoje foi o amanhã de ontem - Roberto Wagner
  • 12 semanas para mudar uma vida - Augusto Cury
  • Amar pode dar certo - Roberto Shinyashiki
  • Paixão - Maria do Carmo F. Fagundes
  • Persuasão - Jane Austen
  • O efeito sombra - Deepak Chopra
  • Benjamin - Chico Buarque
  • Leite derramado - Chico Buarque
  • Budapeste - Chico Buarque ( torço pelo mesmo final into my life!)
  • Se eu fechar os olhos agora - Edney Silvestre ( especial...)

E alguns outros livros...trechos da Bíblia, romances mediúnicos...poesias...frases do Caio Fernando...e assim foi. E o que será? Não sei dizer...ultimamente,só sei sentir...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 11

E fui perdendo...toda a identidade de quem eu me tornara, e gostara...perdendo contato,perdendo alegria, perdendo atos pequenos e tão significativos...

E desnecessário dizer o quanto as "quartas insanas" me fazem falta...

E quando as coisas boas ou nem tanto aconteciam, de imediato me via contando para ele,só que ele não estava mais lá.

Passei a entender o real significado de certas palavras...a saudade,angústia,solidão,injustiça todos os significantes permeados pelo tal amor...

Sim, entendo! Respeito até,mas fica comigo a impossibilidade de não sentir.
"Só seria possível se não tivesse te conhecido".

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 12

Ontem assisti o filme Água para elefantes...e gostei,não amei,apenas gostei.
O filme é bom e mostra a existência e permanência de um amor daquele tipo "improvável" ou "impossível",mas daquele tipo que supera julgamentos e receios, daquele que todos deveriam viver.
Tem um momento no filme que fez com que eu lembrasse do principal motivo por eu querer tanto enterrar 2011:
Ele pede para ela pular de um trem em movimento com ele...e ela, a despeito da existência de um marido castrador e de todo o medo do desconhecido,pula...ela pula para viver o amor! Ela pula porque percebe que o momento passa rápido como a velocidade do trem, pula para não carregar arrependimentos, pula sem culpa, pula em busca de si própria e de todo amor que é capaz de ter!
E é esse ponto...teria sido diferente esse 2011 se que segurou a minha mão não a tivesse largado e tivesse pulado comigo;juro,superaríamos os ferimentos decorrentes da queda...
Eu não pulei sozinha,ainda. Fato é que fiquei vagando pelos vagões de meu ser e meu trem descarrilhou...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 13

E claro,eu fiz aniversário...
E achando que ele não apareceria,ele apareceu...e fez o sol que já brilhava alto, brilhar ainda mais...
Como não sucumbir ao calor daquele abraço? Ao sorriso que me pertence,posto que dirigido a mim? Puro enlevo que me eleva à condição de uma pessoa melhor...
Como não me divertir e deixar o riso solto? A minha alegria ao meu lado,faz tudo parecer azul...
Claro,meus amigos !
Meus amigos que tornaram a noite fantástica e tornam minha vida leve...
Ah...os amigos que me viram chorar tanto,quanto jamais havia chorado,principalmente em dia de festa...
Deixei sair o que estava preso,ali eu poderia...teria abraços e amor o suficiente para me sustentar e me impulsionar à continuidade...

Amor,de todos os lados...

Como assim?

Como? Uma frase é capaz de mudar toda a minha disposição e fazer brotar pura alegria e agradecimento...
Será que sou muito impressionável?
Sei lá...tudo que eu quero agora é eternizar o "Bom dia meu amor",meio gaguejado e por isso,sei que verdadeiro...
- Bom dia ,amor meu...

domingo, 18 de dezembro de 2011

E sempre há...

...em meio ao que te torna triste, aquilo que surge como um bálsamo e transforma o choro em riso verdadeiro.
Pra mim, são as crianças...

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 14

E em meio à terapia,novidades velhas foram surgindo...tudo em busca de respostas para mim! Busco saber o porquê de minhas apostas em histórias e situações que jamais foram favoráveis a mim.
Autopunição?
E surgiram perguntas sobre insuficiência,merecimento,inadequação...
Nunca tinha percebido em mim ou querido perceber os itens da minha personalidade que me tornavam inadequada. Já havia me sentido diferente, exótica,mas nunca com uma conotação tão negativa...
No segundo semestre desse ano ridículo, me escondi na penumbra e não mais via algo bom em mim. Afinal, se eu era tão boa, legal,inteligente...por que sempre eu era a que mais sofria e era penalizada?
De repente, quem se penalizou fui eu...de repente me vi açoitando minha própria alma...

sábado, 17 de dezembro de 2011

"Totô" = 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 15

E teve um agosto de extremo mau-gosto nesse ano...
Toda a ansiedade! Toda a angústia! Toda a solidão canalizada e centrifugando meu cérebro e alma...
E cada dia se arrastava...e não arrastava o mau estar!
E comecei a terapia,posto que não sou de ferro e gostaria imenso de ser forte de novo!
O pior mês da história da minha vida! Cheio de abismos e o lamaçal das incertezas! Cheio de nada e horas vazias. Horrível!
Cheio de sono profundo,daquele tipo de quem não quer acordar porque a vida se tornara demasiado desinteressante...
Mas, eu ainda podia ir e encontrar...estava lá...num "por enquanto" com data pra ir embora...
E nada a fazer...somos livres para escolher ,mesmo não escolhendo.
Sentia a fé se esvair,esvaziavam as expectativas...flor murcha querendo ser cacto.
E o mês na metade...que não passava nunca. E pra melhorar, dinheiro curto para um mês longo.
A eternidade se reflete inexplicavelmente onde a dor dilacera. A fugacidade é perene nos momentos felizes...e acho eu que tem muita coisa fora da ordem!
E o "por que" que não encontra resposta,porque talvez tudo seja ao acaso e não exista qualquer resposta...



Os presentes - Eliana Printes

E os olhos surpresos ,feito os de criança que ganhou bicicleta...inesquecível!
Olhos daquele tipo de grudar na vitrine,de brilhar imenso,enquanto os pensamentos divagam em meio a sonhos...
Será que sonha?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 16

E eu fui perdendo...
Não havia espaço para o que sentia...
Os abraços tão bons, rareavam...
O beijo esperado veio e foi rapidamente embora...
Sobrou tempo que não passava. Sobrou angústia...
Quis sumir, pegar o barco e rumar ao desconhecido...
Quis ficar mais um pouco,pra ver se ele olhava pra trás...
Sobrevivo a cada manhã quando abro os olhos...
Não fiquei com mágoas...meu coração ainda carrega esperanças no porvir...e que venha logo!

Moment of surrender - U2

Nada é estranho no dia de hoje! Aliás,foi um dia surpreendente e adorei as pessoas que cruzaram meu caminho. Até o "improvável" ocorreu: enquanto andava por um bairro distante, ouvi algo que pareceu a música "Moment of surrender".Agucei os ouvidos,pois acostumamos a esperar ouvir funky e pagode...e não é que um cara de bom gosto caminhava paralelamente a mim, ouvindo esta música maravilhosa? Amei! Acho que nada é por acaso...

O seu dia...

Hoje vou fazer diferente e ao invés de selecionar todos os aspectos negativos do ano finado,exaltarei o bem que tenha sido,ainda que pouco...
E houve bem ,afinal...
Sou grata por cada dia de 2011 pelas conversas agradabilíssimas, risos,sorrisos,gargalhadas, abraços, códigos secretos, ventos, aliança de elástico, trechos de músicas,músicas inteiras,quartas insanas, encontros no estacionamento, Estopa, pão-de-queijo,pastel, Itubaína, água (muita água!),olhares, aconchego, compreensão, amizade, amor...
Afinal, o beijo negado...veio e rapidamente partiu...

Agradeço por cada noite de 2011...pela lua que brilhou, pelo céu azul e rosa no anoitecer, abelhas,caronas,porta baixando, guarda-chuva compartilhado com mão no ombro, esconderijo,amor...
E até devo agradecer ao acidente...aquele que ocorreu no exato momento em que eu questionava aspectos relacionados à fé...

Esse caminho trilhado e partilhado...
Esse carinho expansivo e sufocado...
Essas palavras que ora saiam da boca,ora pelos olhos...
Esse tão pouco que me mudou em tudo e pra sempre...

Obrigada!


P.S.:"Parabéns pra você e por tudo o que você é..."

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 17

Desmoronamento,explosões...
Montanhas áridas,carcaça de animal...

Montanha alta! Céu límpido,azul.

Rio sujo
Estação de trem
Sombra,janela,guarda-chuva
Ruas desertas...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vander Lee - "Eu e ela"

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 18

E o que dizer do apartamento?
Golpe de misericórdia...e se na ocasião eu tivesse problemas cardíacos, esse blog seria alimentado através de psicografia.
Quer evidência de que o objeto de seu amor te excluiu de quaisquer planos ou sonhos futuros? Receba a notícia de que "compraram" um "ninho de amor"...
Cara,como doeu! E doeu não porque ele não merecesse a tão sonhada casa. Dói pelo sentimento de abandono na rodoviária e aquele último adeus da janela do ônibus,saca?
A sensação de perda cria vazio,dói;mas tem o momento em que já não mais sentimos nada...
Sentir nada é bom? Não sei! Em breve poderei empiricamente escrever a respeito...
Doeu muito...esta lá, e ele não mais esta cá!
Daí a fase de desidratação e sofá...

Fase: estudei profundamente o significado da palavra miserável...

E tá...vamo que vamo que sem sarcasmo ninguém segura essa onda...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Stigmata

Tenho muito apreço aos loucos! Sendo eu,muitas vezes vista como tal,afirmo que muito me agrada agregar tal adjetivo ao ser que sou!
Mas afinal,o que é o louco?????
Identifica-se através de diagnóstico psiquiátrico? Identifica-se através da conduta de quem rompeu com a sociedade? Que padrões dicotômicos são esses que denominamos normalidade e anormalidade?
Louco é o que salta o muro sem se preocupar se há proteção do outro lado? É o louco o que tem coragem de lidar com sua verdade e consequências?

Deve ser o que discorda de "regras" sociais e dogmas religiosos,pois estes só funcionam enquanto os "dominantes" permitem. E loucos, seres recessivos por natureza, querem eles próprios criar normas não normatizadas,prezar de toda a liberdade de ser: vida útil e independente do "todo"( a Matrix...rs).
O "todo social"sufoca,domina os cordeirinhos incapazes de identificar diferenças básicas entre:egoísmo/generosidade; amor/castração;entendimento/aceitação;valores/moda etc.
Não nos enquadramos na sociedade se não cumprirmos nosso papel social,mesmo que signifique sacrificar tudo em que acreditamos e/ou desejamos. É julgado o que não tem olhos azuis o suficiente, a que não tem o corpo da Juliana Paes, o que mora na periferia, o que não tem emprego mega remunerado, o que não se casou, o que se divorciou, a mãe solteira, o pai homossexual...
E os tais loucos não temem ser os párias da sociedade,posto que são e assumem as consequências de seus atos.Os loucos assumem o risco de serem "diagnosticados" como infelizes ou fracassados,mas seguem se multiplicando ...e espero não sejam poucos...
Os loucos ainda creem, e em meio a essa crença desnaturada,lidam com a opressão dos que olham,não entendem e por isso excluem da "aura social da felicidade imposta".
Quem é mais feliz,o autêntico ou o teleguiado? E as necessidades reais,tem sido preenchidas? Quem são os loucos?
Ah Machado de Assis!Você já previa o que aconteceria na atual sociedade,né?rs
Ainda assim,prefiro a alcunha de louca a escolher ser infeliz para satisfazer os outros...prefiro carregar o estigma de não pertencer...

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 19

O finado ano de 2011 não carrega apenas "desacontecimentos". Em meio a tamanha aridez, houve o show do U2, dia 10/04/2011. E lá estava eu, com a minha tão almejada tatuagem de átomo!
Beautiful day...

E houve um "Nada vai separar a gente",antes do farol, quase em frente de casa,também em meados de abril...

E houve uma visita à casa "terracota", a casa do sonho ( literalmente!),com a vista para a represa e,tal qual no sonho, estávamos eu e ele olhando a paisagem...( sonho & realidade)

Mas ( e sempre essa conjunção interpela e atropela os mais belos ideais...rs), a viagem para Trindade me rompeu e depois o rolo compressor passou por cima! Sei que pode ser irracional, paranóico, infantil,mas senti que meu santuário fora maculado por alguém que eu jamais quereria por onde eu estive e sonhei...
Não era dela a realidade,devia ser minha.Afinal,eu o levara lá antes, comigo...em sonhos, em pensamento.
Era muito minha essa viagem.Essa história cujo script eu me empenhara, não contava com essa "invasão bárbara"no espaço que idealizava somente meu.
Eu pedi tanto para ele não usar nossa trilha sonora com outra pessoa...mas,esqueci de falar mais dos meus sonhos e do quanto ele estava neles. Mea culpa!
Levei o "caldo" e não gostei nadinha do gosto de areia na minha boca...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Contagem regressiva para enterrar 2011 - 20

Pois é...é exatamente o que parece.

Esse ano foi péssimo! Espero que no meu calendário, que não é Maia,mas poderoso do mesmo jeito, não exista mais espaço pra o que foi...e principalmente,o que deixou de ser...

Vou organizar em ordem cronológica, as dores que fizeram este ano ridículo..
.
Tem uma dor, uma perda real da qual não gosto de falar...aconteceu,pois não competia a nenhum ser humano evitar,só a Deus...e ele preferiu não evitar.

Mas...( e sempre tem um "mas" na história),outros fatos poderiam ter mudado a energia e acontecimentos desse ano...começando por 28/03/11.
Nesse dia, esperei que uma situação pudesse ser definida,uma vez que acreditava num certo sentimento,do qual prefiro não falar...posto que já falei demais.
Nesse dia, ou desse dia em diante,percebi que não tinha espaço na vida de quem eu mais queria ter...
Percebi que todo meu ímpeto de fazê-lo feliz, havia sido jogado fora...
A chance tão almejada, fora dada para quem fez por merecer...
Sei lá, deve ser esse lance de reencarnação e eu, pelos acontecimentos, devo ter sido a encarnação do mal na vida anterior...rs

Nesse dia, a casa amarela do meu sonho, desmoronou...mas, eu mantive minha suposta placidez, o sorriso amarelo no rosto,porque apesar de tudo...a pessoa amada,merece minha compreensão.

Queria que entrasse de vez...em minha vida. Nesse dia, acho que a porta fechou...mas eu continuei batendo até que meus punhos sangrassem...

Por que? Valia muito a pena,ao menos para mim...realmente acreditei que seria "dessa vez" e o conto de fadas, se desfez...

E eu sou quem? Dentre tantas o quê?

Não houve a "correção de percurso". Houve choro, dor e algo começava a me romper por dentro...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Pensando racionalmente...

Sei não,mas tenho vislumbrado uma necessidade imensa de mudar um pouco de mim. Penso em qual padrão me daria melhor, continuar sentindo tudo irracionalmente ou tornar-me racional ao extremo.
Tenho cá uma desconfiança de que os racionais sofrem menos. Uma pessoa centrada e racional crê no que seus olhos mostram, pensa de forma objetiva, prefere jornais a poemas, não enxerga sinais, não alimenta ilusões, não vê lógica em "almas gêmeas", deve achar um absurdo a teoria de que há destino...
Seu campo de visão é restrito e por isso não cria possibilidades e não criando possibilidades, claro, não há desilusões ou frustrações!
O racional é mais feliz! Aposto que não sofre de transtornos de ansiedade. Tenho certeza de que não faz declarações de amor ( para não fugir do campo da objetividade),sendo assim, não sente dor,angústia,saudade...
O racional deve ser desapegado do passado e faz projeções sobre um futuro imediato,baseado em estudos de personalidades renomadas nos campos da habitação,economia,bolsa de valores e afins. Esse cara, o "racional", curte o presente! Ele viaja, ele surfa, ele vive sensações reais. Dor? Só física...
Será que viajei demais???

Quero...

Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos “mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha".

( Autoria desconhecida)

Ah o natal...

Pouco! Falo pouco,compro pouco,confraternizo nada. Detesto esta comemoração,dita natalina.
E não falo aqui sob cunho religioso,não quero ofender Jesus;mas ele deve concordar comigo que nos últimos anos meus natais são destituídos de quaisquer valores de amor e realização.
Sinto vazio,sinto solidão e tristeza. Sinto o final de mais um ano que não trouxe o que tanto quis...
Sinto revolta,sinto-me preterida por outra 'filha preferida' qualquer...
Será que ainda devo esperar um milagre que faça minha visão sobre natal mudar radicalmente?
Acho que não,levando em conta o gráfico que relaciona os dias do ano que passaram e os que ainda passarão,posso afirmar que milagre algum ocorrerá...
Paciência...
O mais engraçado é que até acho bonitinhas as luzes de natal e tais,mas é só!
No mais, detesto as compras,detesto o ritual, detesto ,sobretudo,o peru!

Salvem os perus,pois o gosto é péssimo!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Marisa Monte - "Ainda bem"



Clipe lindo,apesar da letra um tanto idealizada e fora da casinha...
Mas, é uma forte candidata a ser música integrante da minha nova trilha sonora!

The Korgis

Mudar

Mudar...verbo da primeira conjugação,regular. Tem espaço no presente e no futuro...mas, não pertence ao passado.
Ando reflexiva, no presente. Faço alguns resgates de conversas e convivências do passado. Lembrei da fábula da vaquinha...e cheguei a uma conclusão!!!Ufa! Muito importante,no presente, chegar a uma conclusão.
Pra não dizer que não sabem do que se trata,segue a "historinha" e depois minha fenomenal conclusão hahahaha

Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu jovem discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre, e resolveu fazer uma breve visita.

Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e das oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.

Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar, sem acabamento, casa de madeira e os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas sujas e rasgadas. Aproximou-se do senhor, que parecia ser o pai daquela família, e perguntou: "Neste lugar não há sinais de pontos de comércio, nem de trabalho. Como vocês sobrevivem"?

Calmamente veio a resposta:

"Meu senhor, temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte nós vendemos ou trocamos na cidade mais próxima por outros gêneros de alimentos. Com a outra parte fazemos queijo, coalhada, etc., para o nosso consumo... e assim vamos sobrevivendo".

O Mestre agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e foi embora. No meio do caminho, em tom grave, ordenou ao seu fiel discípulo:

"Pegue a vaquinha, leve-a até o precipício e empurre-a lá para baixo".

Em pânico, o jovem ponderou ao Mestre que a vaquinha era o único meio de sobrevivência daquela família. Percebendo o silêncio do Mestre, sentiu-se obrigado a cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo, vendo-a morrer.

Essa cena ficou marcada na memória do jovem durante alguns anos. Certo dia, ele decidiu largar tudo o que aprendera e voltar ao mesmo lugar para contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los.

Quando se aproximava, avistou um sítio muito bonito todo murado, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver.

Apertou o passo e ao chegar lá foi recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre a família que ali morou há alguns anos.

"Continuam morando aqui", respondeu rapidamente o caseiro.

Surpreso, ele entrou correndo na casa e viu que era efetivamente a mesma família que visitara antes com o Mestre. Depois de elogiar o local, dirigiu-se ao senhor que era o dono da vaquinha que havia morrido:

- "Como o senhor conseguiu melhorar este sítio e ficar tão bem de vida"?

A resposta veio com entusiasmo:

- "Tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que aprender a fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos".

E completou feliz:

- "Assim, conseguimos conquistar o sucesso que seus olhos vêem agora"!

Moral desta história:

Todos nós temos uma “vaquinha”, que nos dá as coisas básicas para sobreviver, mas que nos obriga a conviver com uma cega rotina.

Identifique a sua “vaquinha”. Depois, aproveite este ano e o inicio do novo milênio para empurrar sua “vaquinha” morro abaixo!!!

N.R.: Autoria desconhecida. Extraído da internet.


Conclusão da história: EU SOU A VAQUINHA QUE ROLA ABISMO ABAIXO!HAHAHAHAHA

Marcado em meu coração...

domingo, 4 de dezembro de 2011

E mesmo quando me recusa o copo d'água, um pouco d'alma sua...ainda assim,levanto e inspiro!

Se espero? Não sei mais...

Prefiro a penumbra da ignorância...

O círculo vicioso do circo

É como se fosse um circo, e eu, palhaça triste. Só isso,nada mais...uma situação constante defronte a plateia inconstante.

Não sei como pular do picadeiro e alcançar a lona colorida;juro, são só as serragens do chão.

Não sabia que era tão difícil pular, que faltaria coragem na hora certa e os passos seriam incertos, não sabia que era tão fácil enganar aos outros e a mim mesma.

Não me reconheço,não me recomeço...gostaria de me reinventar e ser realmente tudo o que a plateia, ansiosa, aguarda.

Uma vez falei para um ser que ele era uma fraude.Ora, e o que sou eu???

Essas palavras feitas para mim, quando chegar o momento as destruirei...ninguém vai saber,pois poucos querem saber.

Deixa...que quando eu morra, cada um guarde de mim a imagem que melhor lhe apraz: a louca, a feliz, a realizada, a corajosa, a medrosa. E eu ficarei só...com a verdadeira,triste e solitária.


(Escrito por mim em 17/08/2003 - Dá pra acreditar que eu fizesse previsões assim???hahaha)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Estalactites & Estalagmites

E nesse meio tempo,eis que prefiro me ater ao simples.Tenho gostado bastante de analisar a sonoridade de certas palavras.Porque é certo que não tenho aptidão para decifrar casos complicados de amor,então resolvi partir do som...som das palavras.Quem sabe assim, aplaque um pouco da fúria que em mim habita,em doses menores,mas habita...

Já perceberam como é bom pronunciar a palavra SOBRANCELHA????Adoro ...se não fosse apenas um faixa de pelos sobre os olhos,poderia bem ser o nome de uma canção de amor!

"E meu coração,
Inflama-se por ti:
Óh Sobrancelha amada"

Alguns nomes também gosto,são circulares,como Lucila.É uma pronúncia redonda! O nome se fecha em si mesmo,pleno!rs

E claro...estalactites : pra baixo!
Estalagmites: pra cima!

Perfeita dupla! Melhor que quaisquer sertanejos surgidos ou que ainda ( infelizmente!) surgirão...
Dá até pra mudar expressões,criar gírias,um nouvelle vocabulário:

"Puxa, hoje estou tão estalagmite!"-disse a garota com entusiasmo.

Ou batizar os filhos gêmeos que ainda não nasceram de Estalactite e Estalagmite?Hein? Parece muito auspicioso!!!hahahahaha

Falácias...simples falácias pra fazer com que o tempo escape ,os dias passem,esse ano acabe.
Daí,simbolicamente, terei motivos para o recomeço,a reescrita de uma nova história,com novas personagens e expressões tiradas do meu neologismo!

domingo, 20 de novembro de 2011

Valeu a pena!

Vá lá...a verdade!
A quem tento enganar enquanto construo discursos com teor revoltado numa tentativa irracional de negar até a mim mesma o que ainda sinto? Escrevo para me convencer e capricho nos argumentos.Para corroborar minha decisão, invento teorias e conclusões sem ter certeza de absolutamente nada que mora em você...que mora em mim.

Verdade,quero ser eu mesma. Aquela que ainda conheço pouco,aquela que se destituí pouco a pouco das máscaras, e sinto confessar, aquela que no momento vive uma "vida vivida e outra sonhada".

Sim! Sou eu! E que ainda sonho,por mais que vislumbre as impossibilidades...e nos sonhos carrego de tudo,pois que tudo é possível... e em meio de tudo o que carrego, tem muito de você!
E vai ser "pra sempre" à medida que isso contribua para que eu tenha mudado e tido a coragem de revelar a verdadeira pessoa que eu escondia em mim!

Se eu soubesse que sofreria tanto,ainda assim, escolheria viver tudo de novo...até do mesmo jeito. Eu cresci e sigo perdendo o medo de sentir...e tem um espaço inteiro dentro de mim que se expandiu desde que você chegou...e chegam e chegarão novas pessoas...mas,de tudo,fica a história,fica o espaço que "pra sempre" será seu,posto que foi o primeiro desbravador do oceano em mim.

sábado, 19 de novembro de 2011

Listinha de bons acontecimentos de 2011

Pois é...fui estimulada a perceber o que de bom aconteceu em 2011!
Se a lista fosse de coisas ruins,estaria completa em dois segundos,mas...( e sempre tem uma droga de "mas" no meio do caminho...rs).
E quando o foco muda,consegue-se sim perceber que no meio de tanta perda e angústia, pessoas boas aconteceram...
Aconteceram pessoas...
Aconteceram momentos...
Aconteceu de perceber que sentir é bom, não importa quão doloroso é o fim...
Aconteceram abraços,carinho,amor..
Algumas borboletas e joaninhas que pousaram em mim...
Aconteceu algum estímulo à fé...
Aconteceu o olhar para o céu...
Acontecerá...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Epístola de São Tiago

Aí vai...e juro, acho intrigante o fato de religiosos divulgarem da bíblia só a parte que os torna capaz de julgar os outros...

" Se alguém pensa ser piedoso,mas não refreia sua língua e engana seu coração,então é vã sua religião"

Eu no mundo

Anda tão difícil escrever sobre certezas e sobre assuntos que tenham importância no cenário mundial...
Tantas mazelas no mundo,podiam servir ao propósito de me distrair,com escritos...pensamentos trucados,identidades trocadas.
Até tenho andando,ainda que pouco, em outros lugares que não só minha cabeça...mas sempre volto pra ela. Tem tanto vazio ainda ,que paraliso! Tem tanto vazio...
E ouço os ecos...no vazio...eles vem de bem longe...de algo feito sonho...não existe mais...jamais!
Vou usando o meu vazio, entrelaçado com frases desconexas para me convencer ,para levantar e caminhar de novo. Impulso!
Impulso tenho mesmo de me jogar no sofá,toda hora...
Mas levanto, senão por mim, pelos que creem que tudo pode dar certo.
Então pego carona na crença alheia só para alimentar a minha que, então, irá se fortalecer e novamente traçar caminhos...outros!

Fragmento de "O direito de não amar"

"(...) Há ainda uma terceira porta,saída de emergência para os desiludidos do amor,não,nada de matar o objeto da paixão ou esperar com o pensamento negro de ódio que ela vire uma megera jogando moscas na sopa do marido hemiplégico,mas renunciar. Simplesmente renunciar com o coração limpo de mágoa ou rancor,tão limpo que em meio do maior abandono (difícil,hem!) ainda tenha forças para se voltar na direção da amada como um girassol na despedida do crepúsculo.
E desejar que ao menos ELA seja feliz."

Lygia Fagundes Telles

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Trilha sonora

Tempo de mudar a trilha sonora,pois é fundamental na condução da vida. Vida sem escolhas é nada, escolhas sem nova trilha sonora não dá...rs

Sei lá,mas vou começar a recolher novos ritmos,novas letras que componham uma vida nova. Dessa vez eu não vou pegar carona na vida de ninguém...porque o impacto quando caimos de bunda no chão é destruidor!

Quero um set-list... preciso da música! Aquela que eu possa carregar na minha cabeça por onde eu for...
Quero bradar a música,não mais esconder-me dos bastidores da vida de outrem...

O preço

Eu paguei pela sua escolha, você paga pela sua escolha.
Escolhemos porque achamos que temos o discernimento necessário para isso,só não reconhecemos quem somos e o que sentimos para a tal "escolha". É o medo que bloqueia,ainda assim, melhor andar rotineiramente com o que a vida oferece...
É,você tem razão...vai se arrepender enquanto eu morro. Morro metaforicamente: mato cada suspiro,cada lembrança,cada esperança do que não foi!!!!
Queria ao menos respostas. Realistas,verdadeiras,destituídas de omissão. Sinto que a escolha tenha sido movida pela covardia,preferia que fosse por falta de sentimento...mas,preferia tanta coisa que decidi não preferir mais nada.
Vou tirar a fantasia e deixá-la encostada num canto do quarto, empoeirando; enquanto morro e mato! Sei lá, talvez ainda desse tempo de fazer uma ressucitação...ou não! Talvez reste o espectro,o fantasma que já não tenha perspectivas nesse mundo,mas que ainda assim, caminha por não ter onde ir.
Depois, o fantasma deve reencarnar...vem mais forte,sem medo que o vento o derrube,pois nada e ninguém jamais o derrubarão!
Do que ele vai ser capaz? Não sei,só que ele voltará mudado...outros sons, outros gostos,outros sonhos.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cansei de correr...

Não, eu não vou mais correr atrás de algo que,aparentemente,só pra mim teve importância.
Acho louvável como lida com o desapego e estou me "adestrando" para conseguir um resultado tão perfeito quanto o seu...
Sempre foi só eu! Sempre correndo e pedindo um espaço que, não houve coragem de negar. E eu entrava truculenta,sem noção do estrago. Agora sei, agora cansei.
Não vou correr por nenhuma causa,pois se a causa por si exige que eu corra, não deve ser uma causa assim tão válida...
Se tiver que correr,espero que seja na orla marítima...sentido a brisa do mar.
Se tiver que correr, seja cavalgando num sítio qualquer...
Se tiver que correr que seja para não perder o trem...
Se eu for correr de novo,vou sozinha...

sábado, 5 de novembro de 2011

O desenvolvimento da bailarina

Como antes foi falado, essa menina-bailarina,sonhava demais...sonhava sonhos pequenos,pois os grandes viriam depois.
E queria ter pendurado num canto de seu quarto cor-de-rosa ( que nunca existiu) um par de sapatilhas igualmente rosa,a cor. Queria dormir numa cama romântica e rosa...dormiu muito, em outra cama. Mas o sonho sempre vinha...e quando dava, ela realizava suas histórias através das brincadeiras,nas quais as bonecas tudo faziam e eram a realização de quaisquer sonhos que permeassem sua fecunda imaginação...
Crescer ela não cresceu tanto. Teve aspirações a jogar basquete na adolescência,mas com a baixa estatura deixou que a improbabilidade da concretização de uma vida esportiva, imperasse! Detestava qualquer competição,então. Pra que disputar? Melhor seria, atividades individuais...e o aconchego de uma quarto ,sempre com música...e o vento, óbvio, a entrar pela janela.
E os sonhos foram crescendo. E foi surgindo também o interesse pelo par de dança, o bailarino. Certamente ela não esperava um menino usando calças justas a invadir sua vida,entrando pela janela. Mas queria o tal "príncipe" que logo de cara, a desencantou. Quisera ela,por tanto tempo, estar com ele que, no momento da revelação,sucumbiu porque trocada por outra paixão...
Mal sabia ela que o ciclo apenas começara...
E porque a janela permaneceu aberta,outros sonhos entraram e sairam. Trouxeram esperança e levaram alguma dor! De qualquer forma, ela havia de conseguir...desenhava! Desenhava seu futuro: o formato de seu corpo, a casa ideal, o par romântico olhando o pôr-do-sol, os filhos que teria...e desenhava uns olhos! Olhos que espreitavam suas idas, suas chegadas, seus esconderijos,seus medos, seus reais anseios,desejos...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O nascimento da bailarina

Era uma vez uma menina que ...nasceu! Mas, ao nascer,papai e mamãe não quiseram ficar com ela e a disponibilizaram para adoção. Felizmente, a menina-bailarina não precisou morar em nenhum orfanato ,pois foi adotada aos 3 dias de vida.
Ela sempre sonhou muito:acordada e dormindo!
Ela sempre teve muitos medos: principalmente de ser abandonada!
Ela sempre teve também: a proteção da lua!
Sempre teve as bonecas que quis! Sempre criou histórias fascinantes com final feliz! Em seus sonhos,sempre fora amada...

domingo, 30 de outubro de 2011

Forever

Hamlet

"Um sonho é,ele mesmo,apenas uma sombra"
(Ato 2, Cena 2)

"Se não for agora,não será pois.
Se não for depois,tem que ser agora.
Se não for agora,será em um momento qualquer.
Estar pronto é tudo"
(Ato 5,Cena 2)

sábado, 29 de outubro de 2011

A morte da bailarina

Em breve,mais uma história comovente ou ,no mínimo,engraçada! Autobiográfica?Não sei...aguardem que a elaboração está na cabeça,assim como tantos outros grilos!!!

domingo, 23 de outubro de 2011

Mais U2

36 dias...até hoje

Até hoje...e é bom te ver! Confrontar seu sorriso e recebê-lo.Parece que é só meu e em 10 minutos,todo o mundo até que faz certo sentido...por quem somos juntos.
Acho que somos...por enquanto.
Amo encontrar seu abraço e sinto paz quando sua boca encontra um jeito de me beijar a testa ou os ombros...
Podia dar certo,tenho certeza. Tenho toda a certeza do mundo!
Pelo abraço, o espaço físico até existe,mas tratam-se de duas almas que se eoncontraram...acho.
De qualquer forma,me faz bem estar ao lado seu,contanto que minha presenção não te prejudique...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Idas e vindas

Não pretendo em absoluto plagiar o nome do filme "Idas e vindas do amor",mas estou vivendo este fluxo interno. Não é só menstruação, é muito mais que isso :)
Outro dia assisti a um programa no qual cientistas pesquisaram e corroboraram a influência da lua sobre alguns fenômenos: violência, incidência de terremotos etc.
Idas e vindas me lembram as ondas no oceano, as fases lunares,o movimento toráxico ao fluir do ar, esse fluxo incessante entre amar e perder, entre odiar o mundo e se reconciliar com ele...
Será que é preciso cessar o movimento contínuo e expulsar de mim a esperança?
Ainda não decidi ou talvez ainda não tenha coragem para decidir...
Preciso serenar a mente, dormir sem pensar, acordar vendo graça na vida...por nada!
Preciso resgatar todos os motivos que tenho para agradecer minha existência e deixar a série "lamentações" em algum lugar do passado, num fluxo que vá e jamais retorne.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Frio primaveril em Sampa ( em mim?)

Está frio,mas o frio não a de perdurar...pena! Prefiro o vento gelado ao calor escaldante,sempre!
Fico triste,mas não há tristeza que perdure,nem que resista à possibilidade de que você exista em mim...porque existe,simplesmente.
Quando acho que vou sucumbir,renovo.
Não sei de onde vem a força,mas ela vem e me levanta...porque tem dias que sozinha,não conseguiria.
E os dias longos. As horas impenetráveis. Segundos angustiantes. Até o telefone tocar...
Fico absorta. Durmo pesado no sofá da sala. Outro dia nem ouvi a campainha tocar. E se fosse você? Ouviria? Era um vizinho pedindo um balde de água. Pensei em recusar,só para exercitar a maldade,mas não consegui...perdi o jeito de executar as maldades premeditadas...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Meu herói predileto!!!Rorschach


Não é que...

Não é,em absoluto, que a quantidade de alegria seja insuficiente. Em hipótese alguma...a grande questão é que ando carente, ressequida demais e tal qual terra seca, tudo que me caí, absorvo intensamente e acaba rápido!
Tem sido assim,vou catando as alegrias que me aparecem e tento eternizá-las,mas se esvaem rápido demais...
E daí que sigo perambulando pela vida e sei que isso também vai passar...

Integrando:Mito de Sísifo à minha vidinha!

Ok! Vamos ao mito:
Sísifo é reconhecido por ser um dos maiores ofensores aos deuses. Em síntese, ele odiava o irmão e após consultar o oráculo obteve como solução um casamento,do qual os dois filhos gerados o vingariam e matariam seu irmão. A esposa descobriu a trama e matou os filhos. Sísifo foi condenado a viver na terra nos mortos e empurrar eternamente uma pedra até o cume de uma montanha, de onde ela rolaria abaixo novamente.

Essa pedra que ele empurra eternamente, minha pedra. Maldição? Não sei se com meus desabafos cheguei a revoltar deuses...se ofendi,sinto muito,mas na vida às vezes é bem cansativo empurrar esta pedra,sem obter como respostas algo além de pequenos prazeres...

Pesada a pedra,viu? Empurro pela teimosia, pelo inconformismo, pela não desistência...
Empurro pelo ressentimento, o abandono, a solidão, o amor não correspondido...
Ela desce de volta...explode em mim a impotência,então volto a empurrar sem muita motivação, simplesmente porque me acostumei a isso. Não tenho mais admirado o céu, nem flores, nem aquelas borboletas que insistem em cruzar meu caminho.
Empurro a pedra e xingo! E chuto a pedra...e ela retorna ao ponto de partida.
Estou tão cansada! Mas a desistência não é parte de quem sou! Empurro e a paisagem ao redor não muda. Empurro os pensamentos que me trazem você. Empurro a esperança...quero que ela caia no abismo do esquecimento,mas a pedra volta ao ponto de origem.

Mais Martha Medeiros...

Saudade eu tenho do que não nos coube. Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas. É no líquido que somos desvendados. No gosto das coisas o amor se reconhece. O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados.

Martha Medeiros.

(Cartas Extraviadas)


Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim, doer.


(Martha Medeiros)

Despedida

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.

(Martha Medeiros)

domingo, 16 de outubro de 2011

Carta para você não ler IV

Não imaginei que num intervalo de 29 dias, tantos pensamentos e constatações pudessem vir à tona...
A sensação é de que eu estava mergulhada,sem respirar,num oceano de ilusões que eu criei e tratei de alimentar sozinha. De verdade,você nunca esteve dentro. Quem esteve foi o cara que eu criei, aquele do qual eu peguei cada olhar,cada sorriso,cada frase e transformei no ideal que tornaria esse amor viável.
29 dias sem que VOCÊ permita que eu te veja. 29 dias e você me negou por três vezes...e eu juro,nem tenho vocação para Jesus Cristo. 29 dias e sou eu o alvo de sua indiferença. 29 dias e me pergunto se de tudo o que foi, o que vai ficar é apenas uma ligação telefônica ocasional e assuntos superficiais. 29 dias e espero que você seja feliz,por no mínimo,29 anos...
Quando te conheci, achei que finalmente a minha crença no amor tivesse encontrado uma correspondência no mundo real:era você!
Mas, 29 dias de afastamento me fazem ver que não sou eu,nunca fui. Pena que você tenha se acovardado e nunca tenha me falado toda a verdade. Aquelas verdades feitas para desmanchar ilusões,sabe?
Agora tudo fica bem claro: era eu que te procurava, era eu quem ligava,era eu e apenas eu que me expunha. Mea culpa! Você não prometia nada,mas eu queria você por perto e me submeti...
Você foi a minha última tentativa, minha única esperança no amor; sobreviverei a mais esta cilada da vida,mesmo estando em carne viva. Mas quem se importa? Eu sou forte,independente,né? Eu não preciso de você,né? Quem sabe se eu precisasse mais, você ficasse,né? Só te amo...por enquanto. Mas aquilo que não se alimenta,morre.
Lembra que eu tinha medo do "apagamento"? Você deu o primeiro passo...está apagando. Logo nem lembraremos um do outro,por sua escolha. E se carregar culpa te apraz tanto, essa será totalmente sua...
Não, não questiono a sinceridade de seus sentimentos, por uns dois meses acho que foi real. Mas agora? Não dá para acreditar que alguém que hipoteticamente fosse apaixonado por outra pessoa, pudesse ficar longe sem nada fazer...
Por causa da culpa,né? A culpa que é alimentada por você perseguir uma imagem de "homem ideal"? Você podia perceber, a tempo ou não, que você não é perfeito, até porque ninguém é...e a graça disso tudo é ser amado,inclusive,quando não se é perfeito! Ok, acontece que eu não preciso de você...amor é secundário, entendi! Eu entendo tudo muito bem, só não gosto de sofrer pela sua falta.
Engraçado é ter a consciência de que você nunca lerá o que aqui escrevo. Escrevo para mim! Na tentativa voraz de não te amar mais. Procuro motivos para alimentar a decepção ,a mágoa, o ressentimento...e aos poucos ou velozmente, sei que consigo. Mas, é lamentável o que vem a seguir...

Sem mentira - Fábio Góes



Sempre pior,mas sem mentira...ótimo Fábio Góes!!!

Amor na lanterna - Fábio Góes




Porque o negócio é simples: só tocar o plano em frente...e deixar para trás os que se querem para trás!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Veteranos de Guerra por Martha Medeiros

Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes

Outro dia li o comentário de alguém que dizia que o casamento é uma armadilha: fácil de entrar e difícil de sair. Como na guerra.

Aí fiquei lembrando dos desfiles de veteranos de guerra que a gente vê em filmes americanos, homens uniformizados em suas cadeiras-de-roda apresentando suas medalhas e também suas amputações. Se o amor e a guerra se assemelham, poderíamos imaginar também um desfile de mulheres sobreviventes desse embate no qual todo mundo quer entrar e poucos conseguem sair – ilesos. Não se perde uma perna ou braço, mas muitos perdem o juízo e alguns até a fé.

Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes. Todos. Há inclusive os que trazem marcas imperceptíveis a olho nu, pois não são sobreviventes do que lhes aconteceu, e sim do que não lhes aconteceu: sobreviveram à irrealização de seus sonhos, que é algo que machuca muito mais. São os veteranos da solidão.(grifo meu e agradecimentos a quem contribuiu para esta minha constatação!!!)

Há aqueles que viveram um amor de juventude que terminou cedo demais, seja por pressa, inexperiência ou imaturidade. Casam-se, depois, com outra pessoa, constituem família e são felizes, mas dói uma ausência do passado, aquela pequena batalha perdida.

Há os que amaram uma vez em silêncio, sem se declararem, e trazem dentro do peito essa granada que não foi detonada. Há os que se declararam e foram rejeitados, e a granada estraçalhou tudo por dentro, mesmo que ninguém tenha notado. E há os que viveram amores ardentes, explosivos, computando vitórias e derrotas diárias: saem com talhos na alma, porém mais fortes do que antes.

Há os que preferem não se arriscar: mantêm-se na mesma trincheira sem se mover, escondidos da guerra, mas ela os alcança, sorrateira, e lhes apresenta um espelho para que vejam suas rugas e seu olhar opaco, as marcas precoces que surgem nos que, por medo de se ferir, optaram por não viver.

Há os que têm a sorte de um amor tranquilo: foram convocados para serem os enfermeiros do acampamento, os motoristas da tropa, estão ali para servir e não para brigar na linha de frente, e sobrevivem sem nem uma unha quebrada, mas desfilam mesmo assim, vitoriosos, porque foram imprescindíveis ao limpar o sangue dos outros.

Há os que sofrem quando a guerra acaba, pois ao menos tinham um ideal, e agora não sabem o que fazer com um futuro de paz.

Há os que se apaixonam por seus inimigos. A esses, o céu e o inferno estão prometidos.

E há os que não resistem até o final da história: morrem durante a luta e viram memória.

Todos são convocados quando jovens. Mas é no desfile final que se saberá quem conquistou medalhas por bravura e conseguiu, em meio ao caos, às neuras e às mutilações, manter o coração ainda batendo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Telefonema

_ Oi! Você está bem?
(Voz de quem está super animada e feliz!)
_ Estou melhor agora! Morrendo de saudades e marcando os dias no calendário como prisioneira...
_ Tirando a saudade,como está?
(Voz de quem fala a verdade!)
_ O que fica tirando a saudade?

As vozes na minha cabeça:"O abandono, as noites em claro,a falta sua que é só minha, a sensação de injustiça ( porque ser trocada por alguém melhor,até vai...), descaso,desamor,solidão...fica isso! Mas isso,eu não sei partilhar,porque seria injusto...vou sentir todo esse turbilhão,até acabar. O medo é de que não reste nada..."

domingo, 9 de outubro de 2011

Tirania divina

Sério,acredito em Deus. Mas não, não sou filha submissa que acata todas as mudanças das peças de xadrez ( nós), que talvez Ele exerça, a seu belprazer...
Religiões existem! Sim ,apenas para que os mais espertos e ansiosos possam ganhar grandes somas em dinheiro,exerçam a dominação sobre outro...aquele outro que carrega a culpa e precisa ser premiado se seguir à risca a "cartilha". Se não seguir e se for feliz: egoísmo!!!
Não chego a ser infeliz,nem chego a ser triste.Chego a momentos de profunda infelicidade e vazio! Chego em momentos que parecem não querer passar. Procuro minhas próprias culpas.Não preciso que ninguém me aponte erros e acertos...sei me autoanalisar!
Saco muito cheio!!! Por que não pra mim? Por que não comigo? Qual é o problema, se Você deve ter me criado?
O engraçado é observar que a maioria das pessoas,se hoje morrerem,terão uma história de amor "real" para recordar no "além vida"...eu, o que terei? Comédia...

A mulher independente

Estava autografando meu livro na Feira quando uma senhora alta, elegante, já bem madura, chegou sorridente pra mim e disse: Te acho uma mulher fenomenal. Eu, toda sorrisos, tomei o livro que ela tinha em mãos e me preparei para escrever uma dedicatória bem carinhosa. Ela então complementou: Mas eu não queria ser casada contigo tu és muito independente!.

Concluí a dedicatória, agradeci a gentil presença dela, enquanto que meu coração começou a bater de forma mais lenta. "O que estou sentindo?", perguntei a mim mesma, em silêncio. Tristeza, respondi a mim mesma, em silêncio, enquanto a próxima pessoa da fila se aproximava.

Em que eu seria mais independente do que qualquer outra mulher? Quase todas as que conheço trabalham, ganham seu próprio sustento, defendem suas opiniões e votam em seus próprios candidatos. Algumas não gostam de ir ao cinema sozinha, já eu não me importo. Poucas moraram sozinhas antes de casar, eu morei. Quase nenhuma, que eu lembre, viajou sozinha, eu já. E nisso consta toda minha independência, o que não me parece suficiente para assustar ninguém.

Fico imaginando que essa tal "mulher independente", aos olhos dos outros, pareça ser uma pessoa que nunca precise de ninguém, que nunca peça apoio, que jamais chore, que não tenha dúvidas, que não valorize um cafuné. Enfim, um bloco de cimento.

Quando eu comecei a ter idade pra sonhar com independência, passei a ler afoitamente os livros de Marina Colasanti – foram eles que me ensinaram a importância de abrir mão de tutelas e a se colocar na vida com uma postura própria, autônoma, mas nem por isso menos amorosa e sensível. Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.

Sobre a questão da independência afugentar os homens, Marina Colasanti brincava: "Se isso for verdade, então ficarão longe de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são muito seguros de si. Que ótima triagem".

Infelizmente, a ameaça que aquela senhora acredita que as independentes representam não é um pensamento arcaico: no aqui e agora ainda há quem acredite que ser um bibelô (ou fazer-se de) tem lá suas vantagens. Eu não vejo quais. Acredito que a independência feminina é estimulante, alegre, desafiadora, vital, enfim, uma qualidade que promove movimentação e avanço à sociedade como um todo e aos familiares e amigos em particular. "Eu preciso de você" talvez seja uma frase que os homens estejam escutando pouco de nós, e isso talvez lhes esteja fazendo falta. Por outro lado, nunca o "eu amo você" foi pronunciado com tanta verdade.

Martha Medeiros

Ok! Acho que para você é mais importante ser "precisado" pela manipuladora-master! E eu ? Sinto muito,mas eu "só" te amo!

Fade to black

Essa implacável e imprevisível senhora,chamada memória,acaba de me levar há alguns anos...dentro do quarto que partilhava com minha vó e que tinha pichações na lateral da tela de proteção da janela: "Fade to black" e "E não tem pepsi-cola que sacie o sabor do teu beijo".
Incrível o que a memória é capaz de descortinar e angustiar...
Muitas vezes,ouvi a música Fade to black,no escuro do meu quarto...simplesmente querendo sumir no escuro! E o beijo que não quis chegar,ficou lá,estampado na tela.
Só que o escuro vencia sempre! E eram intermináveis os momentos de solidão com o Metallica ao fundo...
E eu não saia da escuridão! Eu esperava ser retirada de lá...porque o beijo almejado,continuava lá,escirto em letras garrafais!
Angústia:tanto tempo decorrido e a sensação de "fade to black" tão incisiva,tão cortante...
Capaz de me guardar no quarto,junto com as incertezas que permeiam a escuridão,porque pode haver um pôr-do-sol que valha a pena!
Sad but true!!!!


Clarice...

Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.
Sou inconstante e talvez imprevisível. Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras. Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico..." (Clarice Lispector)

O guarda-chuva

Aproximadamente aos sete anos,me apaixonei por um objeto inusitado a uma criança: guarda-chuva transparente!
Era incrível vincular a imagem da chuva e imaginar as gotas escorrendo sobre a superfície do guarda-chuva transparente...a cairem!
O engraçado é que eu já era dotada da inata capacidade de "estocar" meus desejos,dentro de mim,sem partilhá-los com ninguém mais...
A vontade de ter o "guarda-chuva transparente" jamais se acabou,continua latente ,com o pequeno acréscimo de uma singela "borda cor-de-rosa".
O que significa este querer?

Outubro de 2010

Chovia forte,como hoje...forte e fino, tem como entender?
Eu passei pelo lugar no qual acabara de te conhecer;onde suponho haver te salvado,onde seguramente me salvei...
Chovia...e eu não esperava mais nenhuma gentileza.Nem de você;nem do mundo. Achei que, tal qual tantas vezes acontecera, meu "destino" seriam os passos solitários tentando escapar de poças d'água e a chuva a escorrer pelo meu rosto...
Lembra que você me ofereceu o guarda-chuva? Não era o transparente. Este é de cabo, tecido florido,cabo forrado de tecido florido...
Era só um objeto? Não...ele é proteção (suposta),conforto...e gentileza! Se fazia o primeiro elo! Era a certeza perante a instabilidade do tempo, a certeza de que seria minha a proteção perante quaisquer intempéries...Para sempre? Para sempre,enquanto chovesse...
Ainda guardo o guarda-chuva e tudo o que ele representa pra mim.Ele está com uma vareta quebrando,mas vou consertá-lo.Sabe por quê? No meu estoque de sentimentos, ele, este mero objeto,carrega a promessa...
Às vezes sou acometida pela dúvida de ter entendido tudo errado, impressão de que baguncei as letras e decodifiquei tudo errado! Mas o olhar mostrava outra coisa...ou era eu que insistia em enxergar o que jamais existiu?
Será que para mim não há nada além da simples aceitação de que sou eu a "escolhida" para caminhar sozinha sob a chuva?
Juro...precisava saber os porquês! Precisava ...
Afinal, devia ser eu! Eu possuo o tão almejado guarda-chuva...

Educação para o divórcio

Estou lendo O Quebra-cabeça da Sexualidade, do professor espanhol José Antonio Marina. No livro, o autor diz que considera preocupante que os jovens estejam recebendo dos pais a experiência do fracasso amoroso. Ao ver a quantidade de casais que se separam, a garotada vai perdendo a expectativa de ter, no futuro, uma relação saudável e sem conflito. Desencantam-se.

Creio que esteja acontecendo mesmo. Hoje o casamento já não é a ambição número 1 de muitos adolescentes, e um pouco disso se deve à descrença de que o matrimônio seja uma via para a felicidade. Se fosse, por que tanta gente se separaria?

O casamento tem sofrido tanta propaganda negativa que é preciso uma reação da sociedade: está na hora de passarmos a idéia, para nossos filhos, de que uma relação não traz apenas privações, tédio e brigas, mas traz também muita realização, estabilidade, parceria, intimidade, gratificações. Casar é muito bom. Como fazê-los acreditar nisso, se as estatísticas apontam um crescimento incessante no número de divórcios?

A saída talvez seja educarmos os filhos desde cedo para que a idéia de separação seja acatada como algo que faz parte do casamento. Ou seja, quando os pirralhinhos perguntarem: “Mamãe, você ficará casada com o papai para sempre?”, a resposta pode ser: “Enquanto a gente se amar, continuaremos juntos – senão vamos virar amigos, o que também é muito bom”.

Isso pode parecer chocante para quem jurou na frente do padre que iria ficar casado até o fim dos dias, mas há que se rever certas fórmulas – a começar por esse juramento que mais parece uma punição do que um ideal romântico. Está na hora de um pouco de realismo: hoje vivemos bem mais do que antigamente, com mais informação e mais oportunidades. Deve ser bastante confortável e satisfatório ficar casado com a mesma pessoa por 40 ou 50 anos, é um bonito projeto de vida, mas se a relação durar apenas 10 ou 15, é bom que a gurizada saiba: não é um fiasco. É normal.

A normalidade das coisas se adapta aos costumes. Vagarosamente, mas se adapta. Se continuarmos insistindo na idéia de que o verdadeiro amor não acaba, as crianças vão achar que o mundo adulto é habitado por incompetentes que não sabem procurar sua alma gêmea e que sofrem em demasia. Vão querer isso para elas? Fora de cogitação.

Pra evitar essa fuga em massa do casamento, a saída é, como sempre, a honestidade. Seguir educando para o “eterno” é uma incongruência. Ninguém fica no mesmo emprego para sempre, ninguém mora na mesma rua para sempre, ninguém pode prometer uma estabilidade vitalícia em relação a nada, e se a maioria das mudanças é considerada uma evolução, um aperfeiçoamento, por que o casamento não pode ser visto dessa mesma forma descomplicada e sem estresse?

A frustração sempre é gerada por expectativas que não se realizam. Se nossos filhos ainda são criados com a idéia de que pai e mãe viverão juntos para sempre, uma separação sempre será mais traumática e eles também temerão “fracassar” quando chegar a vez deles. Se, ao contrário, souberem desde cedo que adultos podem (não é obrigatório!) viver duas ou três relações estáveis durante uma vida, essa nova ética dos relacionamentos será absorvida de forma mais tranqüila e eles seguirão entusiasmados pelo amor, que é o que precisa ser mantido, em benefício da saúde emocional de todos nós.

Martha Medeiros

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sinceramente

Olha,acho que deveria ser instântaneo: pronto,acabou!
Porque ficar carregando essa expectativa que se frustra dia a dia,pesa nos ombros, é penoso à alma...
Acordar e não ter quem se quer a seu lado, tenho cá em minha parca experiência,que é a pior sensação que o ser humano pode ter. Dor física? Juro!Nem dói tanto...
Tem dias que tudo te distrai,pelo simples motivo de você se recusar a olhar para dentro...
Tem dias que anula-se sua racionalidade e tudo o que tem,que tenho, é a busca desenfreada pelo seu olhar,que dentro do meu olhar,ainda me olha e me quer!
A minha recusa consiste em não abrir mão de quem eu sou,mesmo que eu sofra. Continuo no caminho,com ou sem você.
Talvez eu te cause medo,daqueles inadímissiveis. Medo que eu não "precise" de você;porque de verdade, não preciso! Simples e sinceramente, apenas amo você!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Produção Textual do meu aluno - Jonathan

Sou feito professora-coruja! Adorei o texto produzido pelo meu aluno,portanto,mediante autorização dele,vou reproduzí-lo cá! Expliquei o conceito de intertextualidade e o resto foi por conta dele...

Havia,numa cidadezinha chamada Next Ville, uma menina muito gata. A mãe era rica e a avó era pobre. A mãe,como era muito rica, mandou fazer um pequeno capuz vermelho da Colcci,que ficava maneiro na garota. Por causa disso, a menina era chamada na cidadezinha de Paty Chapeuzinho Vermelho.
Um dia,sua mãe preparou uma lasanha muito gostosa para mandar para a avó da menina. E disse para ela:
_ Vai lá na casa de sua avó e entregue essa lasanha que eu havia prometido à ela.
A Paty do Chapeuzinho Vermelho saiu em seguida,pegou sua hornet para ir à casa de sua avó, que morava a dois quarteirões de sua casa.
Quando parou no sinal, ela encontrou o Lobo Motoboy,que teve logo vontade de roubá-la. Mas não teve coragem porque a avenida estava muito movimentada.
O Lobo Motoboy pergunto onde ela iria. A garota, de nada desconfiava,respondeu:
_ Eu vou na casa da minha avó,levar uma gostosa lasanha que minha mãe mandou.
O Lobo Motoboy perguntou:
_ Ela mora muito longe daqui?
Ela respondeu:
_ Ah! Mora sim! Sabe aquele Açaí na avenida principal? Então, não é lá. É na rua de trás, da pastelaria de dona Josefa.
_ Ah sim...- respondeu o Lobo Motoboy- Eu vou também,porque eu vou fazer uma entrega naquela rua.Eu vou por esta rua e você vai pela avenida. Vamos ver quem chega lá primeiro?
Ela respondeu:
_ Demorô!
O Lobo Motoboy ligou sua Bis e meteu marcha. A garota foi pelo caminho mais longo, se distraindo com as lojas de roupas.
O Lobo Motoboy não levou muito tempo para chegar à casa da avó. Tocou a campainha:ding,dong.
A vovozinha perguntou:
_ Quem está aí?
O Lobo Motoboy respondeu:
_ É sua neta,a Paty do Chapeuzinho Vermelho - disse o Lobo mudando a voz.
_ Eu lhe trouxe uma lasanha muito gostosa que minha mãe preparou há pouco.
A vovozinha,que estava na maior fome,gritou:
_ Tem uma chave debaixo do tapete,entre.
O Lobo Motoboy levantou o tapete,pegou a chave e abriu a porta. Pegou a vovozinha a amarrou e colocou-a no porão. Em seguida, fechou a porta e foi se deitar,cobriu-se com o edredom de pele de panda autografado pelo Jonas Brothers. Meia hora depois, ouviu-se o ronco da moto. Era Paty do Chapeuzinho Vermelho. Ela tocou a campainha:ding,dong.
_ É sua neta, Paty do Chapeuzinho Vermelho, que traz uma lasanha suculenta que minha mãe mandou.
O Lobo Motoboy gritou para ela,afinando a voz:
_ Abra a porta,está encostada!
Paty do Chapeuzinho Vermelho empurrou a porta e entrou.
O Lobo Motoboy,viu que ela tinha entrado,se escondeu na cama,debaixo do edredom, e falou:
_ Coloque a lasanha em cima da mesa e venha para o quarto se deitar um pouco comigo.
A garota tirou o vestido que estava usando e foi para a cama,ficando espantada de ver como sua avó estava muito diferente do natural. Disse para ela:
_ Minha avó, como você tem braços grandes!
_ É muita academia,minha filha!
_ Minha avó,como você tem pernas grandes!
_ É pra fugir melhor,minha filha!
_ Minha avó,como você tem orelhas grandes!
_ É pra ouvir melhor,minha filha!
_ Minha avó,como você tem olhos grandes!
_ Ah minha filha,depois que eu coloco o "juliet",ninguém nota.
_ Minha avó, o que é isso pesado aqui?
_ É meu revólver,agora mãos para trás.
O Lobo Motoboy amarrou-a e colocou-a no porão junto com a avó.
Depois de ter devorado a lasanha,o Lobo Motoboy pegou algumas dinamites,espalhou pela casa da vovozinha e saiu com a moto da Paty do Chapeuzinho Vermelho.
Olhando para trás,com aquela cena da casa indo para os ares, o Lobo Motoboy começou a rir, E foi embora feliz!

Autor: Jonathan Lourenço ( 9º ano)

P.S.: Além de muita criatividade, o Jonathan merece parabéns ,pois diferencia discurso direto e indireto;sabe a diferença entre "há" e "a";sabe usar onomatopeia;usa bem pronomes oblíquos;usa corretamente as vírgulas;sabe usar crase...e ainda por cima me explicou o que é "hornet"e"juliet"!!!
Tem futuro o garoto,né?