domingo, 26 de setembro de 2010

Nova metáfora!!!

Num momento de recordações de infância, referentes às nossas idas ao Playcenter ,num papo leve e divertido com minha amiga Márcia, começamos a lembrar da Monga!!!
Monga era uma linda mulher que ficava presa numa jaula,esta jaula ficava numa sala pequena com iluminação precária,esta mulher se transformava em gorila. Garanto a quem não conheceu esta atração do parque:era mais assustador imaginar a transformação da Monga do que as Noites do Terror.
Nem eu,nem a Márcia chegamos a ver a transformação da Monga em Gorila. A grande questão é que criávamos uma expectativa negativa com relação ao momento em que a mulher viraria monstro e sairia atacando a todos.Nas vezes em que entramos na salinha da Monga, ao primeiro sinal de transformação e ao chacoalhar das grades,saíamos em disparada.
Rimos muito dessa constatação e eis que surgiu minha nova metáfora: a Monga e o Amor!!!
Iguais em essência, às vezes em aparência também.Mas, como poderei falar da aparência da Monga se,nas linhas acima, afirmei categoricamnete que nunca a vi?
É isso! Eureka! Semelhante à minha relação com o amor...
Facilmente chegamos à "salinha",mas ao primeiro sinal de transformação em nossa área de conforto,saimos em velocidade máxima,sem sequer olhar para trás.
Como nunca vi a Monga, questiono se ela realmente existe? Não seria apenas um mito para manter a ordem dentro do parque????

Quem duvida?

Depois de tanto andar pelo asfalto escaldante,com sapatos inadequados,sem ar puro para respirar,eis que encontramos a tão almejada trégua:aquela alma que dialoga diretamente com a nossa.
Não são necessárias muitas palavras,nenhum desgaste desmentindo as mesmas mentiras,de repente é um simples toque no nosso ombro...mãos macias que nos tocam a alma. Não é preciso mais nada...só deixar que as sensações venham à tona.

Sensação de te ganhar em cada olhar, te perder toda vez que você saí...

Sensação de ser tomada em seus braços, sem sequer conhecer o refúgio de seu corpo...
Sensação de invasão,imposta pelo cheiro que vem de você...

Pergunte-me! Posso talvez responder porque utilizo as sensações,ao invés de penetrar num campo semântico mais intenso: sentimento.
O sentimento é sufocado,ele pode estragar todo o sonho,pode romper com a projeção do ideal e tornar o real nem tão agradável...
Eu quero falar;não posso. Quero um abraço que dure cinco horas;nem tentarei.Quero um beijo;soterrado.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Outono

Prestes a fazer aniversário, não diria que estou mega-hiper-luper empolgada,pois acabo de constatar que pode ser possível que eu tenha mais tempo de passado do que de futuro.
Isso me faz pensar ...e lógico,lembrar! Pois é, de repente a gente percebe que a quantidade de coisas vividas pode ser maior do que as expectativas futuras. Isso também faz pensar em todas as relações pseudo-amorosas que ficaram no passado, "pero no mucho".
Sabe qual a música que tem feito parte desta semana pré-aniversário? "O tempo não para" do Cazuza. Para ser específica, não deixo de pensar no trecho seguinte: "Eu não tenho nada pra comemorar, às vezes os meus dias são de par em par. Procurando uma agulha ,num palheiro...". Não me recriminem,nem pensem que estou pessimista pela decrepitude;é só o subconsciente se manifestando.Sabe, tipo uma entidade independente de mim...rs
Voltando aos recuerdos...para "um" demorei a manifestar o interesse, para "outro" seria melhor preservar a amizade,o "sicrano" apareceu depois de 10 anos só para me sacanear, o "beltrano" era casado,o "chelelento" me deu um fora no aniversário passado, os demais são namorados, noivos ou gays! E "viva la vida"!!!!!
Não posso ser injusta...tem uma pessoa que eu acho que me amou de verdade, mas,deixei ir! Um outro,também foi legal...
De resto, muito choro,sangue e porrada na madrugada ( a parte do sangue e da porrada é uma alusão à música do Lobão).
Tenho saudades infinitas da minha vó! Isso é parte do meu passado que jamais deixarei de trazer ao presente. Minha referência de amor, de compaixão,de solidariedade. Se eu fechar os olhos bem apertados, sei que no meu aniversário talvez seja capaz de sentir a mãozinha macia dela acariciando meu rosto...
Tenho saudades de carregar meu bebê no colo,mas isso é fácil de resolver...ainda que ele esteja uns 50 kg mais pesado...rsrsrsrs
Tenho saudades de me apaixonar com a intensidade adolescente! De acreditar profundamente que qualquer coisa pode acontecer,em qualquer momento...
Tenho saudades da ansiedade que antecedia as festas juninas na escola...
Tenho saudades de querer me "produzir" para ir ao shopping Morumbi com minhas primas...tomar casquinha do Bob's.
Saudades de ficar no "terração" da colônia de férias,só para ficar espionando a casa do Renato...
Quero lembrar do Anderson tocando Lobão no violão para mim...em Peruíbe.
Também jamais devo esquecer aquele "monumento","apache","cabeludo lindo" que me beijou no Morrison...rs
E dos amigos que fizeram e fazem parte da minha vida? Não preciso lembrar,pois jamais esqueço!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu, na ilha da Utopia!

Pois é, às vezes eu saio daqui e vou para lá, para esta ilha que povoa o sonho de tantas pessoas como eu. Caminho apressada pela ruas da ilha,esquivo dos tropeços. Aprecio também apressadamente , a fauna e flora do lugar.

Caminho e por lá encontro tudo o que faz falta. Até Freud ficaria surpreso por saber que na ilha da Utopia, o ser humano se completa!
Lá, tem semelhantes e cabeças pensantes! Tem também um tipo de amor que ainda não chegou por aqui. O tal do incondicional...
Tem gente lá capaz de te amar pelo que você é! Acreditem!!!

O problema é quando eu volto da ilha. A adaptação é demorada e continuo a regar o vaso de hortênsias secas do meu jardim...

Quadrilha de ódio ao amor

Não me entenda errado,
Não julgue meu sentimento.
Esse amor que eu odeio
É aquele que me foi negado.


(Roberta Silva)
"Melancolia
Maneira romântica de ficar triste"

"Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?"

O Eterno Espanto
"Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?"

"Quem não compreende um olhar,
tampouco compreenderá uma longa explicação"

"A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão"

Amar:

"Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro"

"Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado;
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja"

Mário Quintana

quarta-feira, 1 de setembro de 2010



Tenho uma tendência a gostar mais de sorrisos: espontâneos, largos, amarelos, intensos, infantis.
Mas, há algo que intriga nos olhos.Estes olhos que revelam segredos e buscam entrar em recantos inimagináveis dos olhos alheios!
Sempre desenho um olho, puxado e com sobrancelhas grossas. E este olho é solitário e fragmentado, mas é intenso como um olho num buraco de fechadura. O que eu busco através desse olho? Não sei. Será que vale a pena buscar algo? Por vezes sim.
Tem dias em que gostaria de tirar férias de mim! Abrir a porta de algum lugar desconhecido, sem antes espiar pelo buraco da fechadura.Simplesmente entrar e me entregar ao desconhecido. Sem julgamentos, sem questionamentos, sem ponderações, sem nada do que carregamos em nosso consciente. Deixar-me levar pelo domínio do inconsciente, este tal desconhecido.
Quem sabe,né? Dia desses eu abra uma porta qualquer...