quarta-feira, 11 de abril de 2012

Aprendendo a ser morna!

Sempre fui uma crítica ferrenha aos que seguem pela vida "mornamente"...aqueles que se conformam com o "quase", com o que "merecem de acordo com as leis divinas",aqueles que preferem a "monotonia e o tédio" ao invés de avançar rumo ao desconhecido de si mesmos...
Sempre achei enfadonho e desperdício de vida.

Hoje ao contrário, vejo que há tempo para tudo: os sonhos, os planos, o caminhar firme, o olhar para o horizonte com esperanças, o esperar o inesperado...
Hoje vejo que, por vezes, desistir é provar-se forte o suficiente para não mais escolher sofrer. E entre o sofrimento e a vida morna? Bingo! Escolho o ser morna.

Sorrir nem sempre constitui alegria, sair nem sempre é divertido,assistir a um filme às vezes não passa de fuga de si próprio, andar pela rua não passa de perambular, olhar para o céu é busca de ar para melhorar a respiração...e os sonhos estilhaçados pelo caminho, constituem o nada, a sombra do que se foi e que não se tem coragem de ser mais!
Perde-se a coragem,quando perde-se a esperança de dias de felicidade. Perde-se tudo,quando não alimentamos mais a crença no amor. Na verdade, parece que a maioria das pessoas se vende por muito pouco: um apartamento pra morar, um carro na garagem e o suficiente no banco para ir ao cinema duas vezes por mês. E tudo bem viver num clima inóspito,onde impera o mau humor e a insatisfação eternos...o importante é que tenhamos bens materiais e, acima de tudo, que não sejamos julgados como más pessoas por, ao menos uma vez na vida, tentarmos fazer escolhas que nos façam felizes!

Acho que por essa prisão social que nos auto imputamos, vamos lotando as igrejas evangélicas e consultórios psiquiátricos "em busca de milagres"...

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