quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Mastigando vidro

Os momentos mantêm o fluxo constante, o even flow, as idas e vindas, alegrias e tristezas, esperança e realidade...mas, começamos a mastigar vidro quando a equação desequilibra.

Já contei estrelas para desafiar a crença de que deste ato resultariam verrugas, já acreditei que a luz da lua era própria e capaz de trazer bons auspícios, já vi a lua e o céu dentro do mar, já pintei o céu de cor-de-rosa, já dormi no ombro do ser amado, já ri sozinha dentro de ônibus...

Fiz planos que nunca saíram da minha cabeça,mas os realizei em sonhos. Corri da chuva, corri para a chuva. Fiz festa surpresa e me surpreendi.Amei muito sem a certeza de ter sido amada. Arranquei pêlos com pinça,só para pinçar o tempo. Sufoquei a declaração de amor e o grito de solidão. Cuspi decepções e amarguras. Chorei em soluços,naquele mesmo ombro...

Senti frio,dor nos joelhos,raiva,amor,enjoo,esperança,coceira...arranhei minha pele e cheguei mesmo a querer cortá-la,simplesmente para sentir outra coisa...

Quis morrer um pouco,quis viver o sonho...não sozinha...


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