sábado, 30 de maio de 2015

Duas perdidas, nessas noites de SP


Retirem de suas cabeças todas as imagens que fazem parte do senso-comum...
Não tirem conclusões precipitadas sobre as personagens que serão aqui apresentadas...
Não há espaço para comparações, elas não saíram de histórias de Nelson Rodrigues...sairam do ventre de suas respectivas mães ou foram desovadas no planeta Terra por alguma nave de Saturno!
Perdidas elas estavam até se encontrarem. Deslocadas num mundo caótico do qual se sentiam alijadas, sem concordar com as regras vigentes. Perdido o mundo que se recusava a entendê-las. Só que chegou o dia em que Malu e Lilith resolveram romper com o mundo, se reconciliando com si próprias.
Renasceram para algo novo. O quê? Nem elas mesmas sabiam...
Malu rompeu com uma vida antiga, hoje tão distante que parece até pertencer a uma encarnação passada. Lilith sabia que carregava amarras a um sonho que há muito já havia se perdido,mas ainda arrastava os grilhões da ilusão.
Ambas em busca. Ambas jogando fora pelo caminho, tudo o que não mais lhes servia. Queriam honestidade, alegria, esperança e até amor...e saíram carregando nas costas um grande brechó de emoções negativas, prontas para trocá-las.
Malu possuí a alma mais leve, sua crença é mais forte. Ela olha o céu, e ele passa a ser muito mais do que uma camada da estratosfera: é paz, é esperança. Claro, que ela se protege, mas não num ostracismo doentio. Ela é corajosa, caminha firme e sabe o que quer...e garanto, ela pode querer o melhor dessa vida maluca que temos, pois merece. E saiu disposta a amar e ser amada, queria viver um amor de verdade. Tentou, se dispôs a vivê-lo, mas ainda não era dessa vez.
Lilith fica na sombra, também quer ter esperanças, só que ainda não sabe disso. Seus grilhões a impedem de ver no céu as mesmas nuances que Malu enxerga. Ela reluta o tempo todo com sua essência, quer usar a armadura em período integral, que deixar para trás tudo o que doeu. Quer desacreditar no amor...dissimulando o que sente. Não queria amar, queria cuspir nesse sentimento, queria apenas se sentir viva, beijar e amar sem compromisso.
E elas se encontraram, e o mundo as esperava...ou pelo menos, o show do Ira que ocorreu dia 25 de janeiro , aniversário de São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário