quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

I'm like a rolling stone...

A ideia do impossível acontecer,me excita...estimula meus sentidos e meus pés desencontrados respondem nessa busca insana que desconheço!
Eu entro no laboratório,ela injeta uma agulha em meu braço,meu sangue jorra. Não dói! Nada dói!A dor? Este corpo já não a elabora...a concepção de dor não é parte de minha existência;mas e minha alma? Minha alma procura entre as travessas do Paraíso, a razão de minha existência.
Posso viver sem mim? Posso viver sem você em mim? Você vive...
Simples como a nuvem em forma de "ratinho" que desponta entre os altos edifícios,sigo andando...muito devagar, bem devagar se comparado ao ritmo de meus pensamentos.
Se eu pudesse,gritaria de cima deste viaduto - por onde passo agora sozinha -,para você me alcançar, para você não me deixar ir...(já deixou???)
Se eu pudesse,pediria permissão a Deus para reescrever um ou dois capítulos de nossa história;mas Ele ainda não deixou...
Sinto-me no meio de um túnel carregado de imagens psicodélicas que criam a ilusão de movimento e me deixam tonta...essas imagens são os rostos que passam por mim e teimo em não fixá-los em minha memória. Se cheguei a alguma conclusão?
Fora o que eu sei que não sei e o que não quero,lógico que não...rs
Mas de uma coisa tenho certeza,agora sinto o que Camões quis dizer com...

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

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