terça-feira, 29 de março de 2011

Transpor limites...


Seria bem melhor se, a nossa criação enquanto seres humanos dotados de um invólucro corpóreo, trouxéssemos um campo magnético ao nosso redor para tornar intransponível um certo limite entre nós e os outros.Então,não haveriam quaisquer subterfúgios capazes de justificar nossos possíveis avanços no território da existência alheia...


Acredito que, de certa maneira, a imaginação humana sirva ao propósito de criar o isolamento necessário à existência de nossa plena individualidade,afinal, somos incapazes de saber com certeza o que o outro pensa e sente a nosso respeito. Mesmo o que é concretizado em ações e palavras,muitas vezes oculta um turbilhão de pensamentos e sentimentos ...


Certamente, parece um tanto angustiante não saber tudo o que gostaríamos de saber sobre o outro, principalmente quando este outro nos é querido...mas, racionalizando a situação, certos sentimentos só existem devido à esta incerteza...


Vejamos...a compaixão,creio só existir porque "deduzimos" que o semelhante sente alguma coisa e nos compadecemos com esse sentir abstrato...


A esperança também... deve existir para nos aproximar de outros seres humanos; afinal, sempre nutrimos expectativa no outro,independente dele nutrir ou não estas certezas imaginárias...


O amor que existe na imaginação,plano real dentro do imaginário,plano irreal quando é só vaidade...


Deve haver,efetivamente,uma razão para existirem limites. Deve haver uma busca individual que, talvez,morramos sem concretizar...deve haver motivo,razão,causa,efeito,consequência,destino,sorte,boaventura,realizações,sonhos realizados...


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