sexta-feira, 18 de maio de 2012

Uma carta, madrugada de 11/05/12

Não sei por quanto tempo mais suportarei,aliás,já não suporto.Sigo fingindo que está tudo bem e confesso que meu riso de escárnio vem se potencializando...mas, aquela ausência ainda me corrói a alma.
Às vezes me esforço para odiá-lo por não me querer, odiá-lo por não se importar com minha solidão e ausência de você, odiá-lo por sequer me odiar e mostrar claramente meus pontos de "insuficiência"...porém,não consigo.Será fraqueza? Talvez eu tenha sido fraca a vida toda, e esse sentimento todo que me permito viver,talvez seja a prova de que ,enfim,não preciso mais me esconder de mim mesma e portanto me faço realmente forte.
Tenho falado muito a frase "estou cansada",cansaço de espera, de esperança...
Ontem quando vi a lua, lembrei de momentos em que a admiramos juntos...senti saudade,caí em prantos por pensar que talvez não tenhamos mais estes momentos simples, no entanto, carregados de tanto significado ( ao meno pra mim...).
"Trocentas vezes" assisti ao filme"Tudo pode dar certo" ,aquele que assistimos juntos. Maneira inútil de te trazer de volta, maneira boba de sentir você enrolado em mim, maneira estúpida de me torturar...
Por enquanto coleciono o desencanto, e ironicamente, me sinto no canto de minha vida. Não me acompanham alegrias verdadeiras;por enquanto vou me acostumando com sua falta. Organizo o quarto, leio, escrevo, converso, dou até risada...mas, acho um pouco menos na vida. Será só isso?
Queria voltar a ser a "Roberta Enxaqueca" que ao menor sinal de alerta ,teclava sem remorso a tecla: dane-se!
Enquanto escrevo,penso se as palavras chegarão até você,mas a expectativa é quase nula, análoga ao grito dado dentro da caverna em que temos de volta nossa própria voz.
E tenho lido Eclesiastes...e a vida deve mesmo ser uma baita ilusão,mas com você era uma ilusão que dava sentido à vida. No mais, nada de novo debaixo do sol...( Te quero bem!)

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