terça-feira, 27 de março de 2012

O desespero

Tem sido extremamente penoso abrir os olhos pela manhã...eu desespero. Falta tudo: ar, disposição, você, sonhos, realizações...
Mas diferentemente de quem se esconde atrás de diagnósticos ilusórios, teimo em levantar, só pra ver se no decorrer das horas se desdobra alguma graça a meu favor...
Triste chegar ao final do dia, começo da noite, madrugada a dentro, sem que se revelem coisas boas para mim. Por que na boa? Tô cheia de surpresas desagradáveis...de verdade: eu passo!
Entrego-me completamente ao meu trabalho, para abstrair...não pensar. Constato: não pensar é impossível! Não lembrar: idem! Portanto vou carregando os dias...conformada de que tudo o que abraço no momento, se esvai no ar. É ar, é etéreo...
Retardo o momento de deitar,pois impreterivelmente, rolo na cama fugindo de recordações...
Por que não é tão simples para mim quanto é para você? Por que não basta virar a página deste livro que eu escrevi sozinha?Sabe, o livro teve suas partes de suspense, outras de terror,mas ainda assim, me supriu de um sentimento desconhecido...será que então, devo queimar as páginas todas dessa história sem fim?
Se bem que houve um "nunca mais" de minha parte, dito no calor da cólera;porém, houve uma concordância no auge do seu gênio glacial...fogo e gelo;terra e ar...eu comigo mesma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário