quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Amor meu grande amor - Celso Sisto

vê-se o além
o aquém
o também
mas não o tudo
que se tem:
amor é palavra tanta!


quando de noite,
você é meu poema-monólogo,
uma parlenda insone,
uma adivinha sem resposta,
esse enorme resíduo de mito grego.


o vento que agita
teus cabelos
é sinal único
de que a natureza
desse amor
é indomável.


se eu te vejo,
anjo e passáro,
aprendo a me bastar dos azuis.


No emudecer solene
herdado da noite
ou nos cantos da casa
enorme de passado
as paredes te revelam


meu poema
ainda não se decidiu
entre a liberdade
de sonetos
e a paixão épica:
poema incompleto!


nessa língua
portuguesamente
nem sempre lógica,
me vejo obrigado
a inventar
um mundo de palavras
só pra você!

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