terça-feira, 16 de agosto de 2011

Crônica de uma morte anunciada

"Durante anos não conseguimos falar de outra coisa. Nossa conduta diária,dominada até então por tantos hábitos lineares,começara a girar, de repente,em torno de uma mesma ansiedade em comum. Os galos do amanhecer nos surpreendiam tentando ordenar as numerosas casualidades encadeadas que tornaram possível o absurdo, e era evidente que não o fazíamos por um desejo de esclarecer mistérios,mas porque nenhum de nós podia continuar vivendo sem saber com precisão qual era o espaço e a missão que a fatalidade lhe reservara." (Fragmento pág. 143)

(Gabriel García Marques)

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